Por Blog da Folha
Em entrevista à Revista Veja, o prefeito eleito do Recife, João Campos (PSB), fala na construção de uma nova esquerda "mais variada", com foco nas desigualdades sociais e que "não é mais encabeçada pelo PT". Tratado como um dos jovens representantes da nova esquerda no Brasil, ele avalia que a centro-esquerda somente poderá vencer as eleições de 2022 se estiver aberta para conversar e mostrar flexibilidade.
Como exemplo de diálogo, citou a ampla frente de partidos que integraram sua eleição para prefeito do Recife este ano, que incluiu legendas como MDB, PP e Republicanos.
Dentro do bloco progressista, o postulante ainda voltou a criticar a postura do PT que, segundo ele, "trata a coisa na base de ok., converso com você, mas desde que eu tenha tudo". No entanto, ele evita um enfrentamento direto com o ex-presidente Lula (PT) e garante que "nunca tocou no nome" do líder petista, apesar das duras críticas feitas ao partido durante as eleições e após a corrida às urnas. Sobre a aliança firmada com o PDT em várias cidades neste ano, o socialista, mais uma vez, evitou cravar apoio à candidatura presidencial de Ciro Gomes (PDT) e disse que a tática eleitoral para 2022 será construída em conjunto.
Durante a entrevista, João Campos ainda relembra e fala da forte influência do seu pai e ex-governador Eduardo Campos em sua trajetória política, critica os ataques sofridos por ele na campanha eleitoral e diz que "não há nada que não possa ser superado" ao comentar os efeitos da disputa eleitoral com sua prima Marília Arraes (PT) pela Prefeitura do Recife.
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